Na indústria catarinense Komeco, residências respondem hoje por 60% das vendas
A procura por sistemas fotovoltaicos para residências aumentou 27% em 2023 e deve manter essa tendência, segundo a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar), pois o cenário para o segmento está ainda mais promissor. “As vantagens de implantação explicam o crescimento: os preços dos sistemas tiveram uma queda de cerca de 30% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2023 e a redução na conta de energia pode chegar a até 95%”, afirma Sandro Pimentel Santana, gerente comercial de sistemas fotovoltaicos da indústria catarinense Komeco. A companhia sente esta mudança nos negócios: hoje, 60% das vendas estão no segmento residencial e 40% no industrial/comercial, ante aos quase 90% do industrial/comercial do ano passado.
Um dos pontos decisivos para aquecer o mercado foi a promulgação da Lei 14.300/22, chamada Marco Legal da Energia Solar. O texto regulamenta a utilização de créditos de energia gerada e não consumida instantaneamente – ou seja, aquilo que foi produzido em energia solar e não utilizado pelo usuário entra como crédito na conta da concessionária de energia elétrica. “Isto deixa mais claro como será a concessão e a utilização do crédito gerado”, diz Santana.
Segundo ele, o mercado fotovoltaico tem uma projeção de crescimento muito grande, em função do potencial de consumidores. “A pessoa que tem uma conta de luz a partir de R$ 300 (residencial) e R$ 500 (comercial e/ou industrial) e espaço no telhado é um forte candidato a migrar para a energia solar. Esse usuário pode reduzir em até 95% a conta de luz”.
Mas esse cenário também torna o mercado altamente pulverizado e competitivo. A Komeco oferece um importante diferencial em relação aos concorrentes: os projetos dos sistemas fotovoltaicos são elaborados por equipe e laboratórios próprios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e fabricados sob demanda. “Por isso, nossa garantia é 100% nacional. Na prática, significa que temos um índice de resolutividade 70% mais rápido no pós-venda. Isso graças à nossa equipe de atendimento que tem conhecimento profundo de todo o sistema e consegue apoiar em todas as situações de suporte de produto que oferecemos.”, detalha Santana.
Outra novidade que também deve impactar o segmento residencial nos próximos meses é a inclusão da energia fotovoltaica no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) – em julho, foi anunciada a compra de placas solares para 500 mil unidades habitacionais e inicialmente serão 16 mil, em Minas Gerais. Apesar de as regras não estarem totalmente definidas, a Komeco já está trabalhando na prospecção de clientes neste segmento. “Nossa estratégia é organizar consórcios de usuários nos conjuntos habitacionais do MCMV, com cerca de 200 módulos cada, e escalar o projeto, enquanto o usuário também ganha com custos mais acessíveis”, detalha Pimentel.
Gerente de marketing da Komeco, Fernando Castellan é otimista com relação ao futuro do mercado. “Todo proprietário de uma residência que possui área de telhado disponível é um potencial usuário de energia solar. A redução na conta de luz a partir da geração de energia solar valoriza o imóvel e ao mesmo tempo gera um ganho financeiro para o proprietário. Por isso o sistema de energia solar está ganhando cada vez mais mercado, com tantos adeptos”, disse.